domingo, 29 de julho de 2012

Um pouco da História de Itaperuna

A HISTÓRIA DE ITAPERUNA "Que copadas e frondosas árvores de robustos e corpulentos troncos! Que fecundos terrenos! Que vargerias! Que abundância de madeiras preciosas e de construções! Que perspectiva agradável representa o rio. Tudo finalmente, oferece uma face risonha. Como convidado os homens à cultura de terrenos tão produtivos". Antônio Muniz de Souza Esta foi a exclamação de Antônio Muniz de Souza quando em fevereiro de 1828 subiu de canoa o rio Paraíba e avistou as belezas naturais de uma terra que ficaria conhecida como a "Nova Terra da Promissão", uma alusão à promessa de Deus ao povo eleito. O desbravamento da região deu-se por meio do mineiro José de Lanes Dantas Brandão por volta do ano de 1840 ao fundar a Fazenda do Limoeiro a quatro quilômetros da atual cidade de Itaperuna. A denominação "Itaperuna" foi escolha do Dr. Francisco Portella que como médico da Prefeitura de Campos e depois presidente da Estrada de Ferro Carangola tinha contato com a região desde 1871. O nome "Ita” em tupi-guarani significa pedra, “una” preta, “per” caminho; o que vem a ser o Caminho da Pedra Preta. Outra versão da origem do nome diz: - i-taipiira-una (anta preta, com o "i" provavelmente eufônico) que significa "O Lugar da Anta Preta". Em 24 de novembro de 1885 por decreto de nº 2.810, eleva a freguesia de Nossa Senhora da Natividade de Carangola (um dos primeiros nomes da cidade) à categoria de Vila de Itaperuna. Outro fato marcante na história da cidade acorreu em 1889 quando o então Presidente da Província, Conselheiro José Bento Araújo autorizou a eleição da primeira Câmara Municipal em 10 de maio, ou seja, seis meses antes do Marechal Deodoro jogar por terra a monarquia agonizante. A cultura cafeeira foi um grande destaque na economia da cidade por mais de quatro décadas, tornando-a em 1927 a maior produtora nacional. Mas a crise do café nas décadas de 20 e 30 levou os produtores ao desenvolvimento de uma agricultura variada, pecuária, indústria e o comércio. Hoje passados mais de cem anos de sua fundação, o município é destaque como um dos maiores polos comerciais e pecuários da região noroeste do Estado do Rio de Janeiro e estados vizinhos como Minas Gerais e Espírito Santo. E a cada passo empreendido, temos a certeza de caminharmos rumo a Terra da Promissão. Para maior aprofundamento do assunto pesquise nos seguintes livros e revistas: A Terra da Promissão - A História de Itaperuna Ed. Aurora - 1956 Autor: Major Porphirio Henriques Itaperuna - O Desenvolver de um Município - Do Germinar à Frutificação Damadá Artes Gráficas e Editora - 1985 Autor: Dulce Diniz Itaperuna: 1889-1989 - Guia Turístico e Informativo - Ano 1 - Nº 1 Damadá Artes Gráficas e Editora - 1989 Autor: Prefeitura Municipal de Itaperuna Revista Municípios em Destaque - Edição Especial - Ano VIII - Nº 33 Gráfica Editorial Pacheco Ltda. - Agosto/1988 Autor: Alberto Ribeiro Lamego Município de Itaperuna - V. 5. Anais do IX Congresso Brasileiro de Geografia Autor: Mário Pinheiro Motta Álbum do Município de Itaperuna Ano: 1910 Autor: Leopoldo Muylaert Júnior Boletim da Associação Comercial do Município de Itaperuna - Nº 12 Ano: 1955 Autor: Arnaldo Ferreira Rosa. http://www.itaperuna.com.br/historico.asp Monumento ao Cristo Redentor
É impossível passear pelas ruas de Itaperuna sem que os olhos esbarrem com a silhueta pétrea do Cristo Redentor. Situada no ponto mais alto do perímetro urbano o morro do Castelo a imagem do filho de Deus feito Homem paira absoluta sobre a cidade, convocando o povo à devoção religiosa. De fato, aqui muitos caminhos levam ao Cristo. Chegar à estátua é fácil, bastando subir vias calçadas transversais à Avenida Cardoso Moreira ou ainda uma que sai da rua Vinhosa. Uma vez no cimo do morro, o visitante terá uma visão de toda a cidade espalhada em bairros ao longo do Muriaé. Uma exclamação decerto lhe fugirá dos lábios quando avistar aquilo que se pode figurar como um mar de morros que envolve os arredores até onde os olhos não mais alcançam. Inaugurado em 1966, durante as comemorações do aniversário do município, o monumento possui vinte metros de altura e seu projeto coube ao escultor capixaba Antônio Francisco Moreira, responsável por outra imagem do Cristo na cidade de GUAÇUÍ-ES. O desenho e a iniciativa da construção ficavam por conta de Cláudio Cerqueira Bastos, que, ao que parece, cumpria uma promessa. Idealizador de outros projetos comunitários na cidade, como o Clube Renascença, o popular Claudão seria eleito prefeito de Itaperuna para um mandato de seis anos entre 1982 e 1988. Durante esse período a pintura do monumento foi recuperada e recomposto o seu sistema de iluminação artificial. Destacado hoje em noites escuras sob as luzes amarelas de três holofotes, a imagem do Cristo - cujas postas de pedra foram esculpidas e trazidas de caminhão do Espírito Santo - torna-se um espetáculo sem adjetivos em meio à névoa de inverno que a envolve. O morro e o pedestal circular do monumento desaparecem restando o Cristo quase que a levitar por sobre as nuvens.
Estação Ferroviária Cia. E. F. Carangola (1881-1890) Cia. Barão de Araruama (1890) E. F. Leopoldina (1890-1975) RFFSA (1975-1977) ITAPERUNA (antiga PORTO ALEGRE) Município de Itaperuna, RJ. Linha de Carangola - km RJ-0563 Inauguração: 17.10.1881 Uso atual: demolida sem trilhos Data de construção do prédio atual: n/d. Histórico da Linha: A Companhia Estrada de Ferro do Carangola foi constituída em 20 de março de 1875. Tinha a concessão para diversas linhas nas Províncias do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Entre essas, o que viria a ser mais tarde a linha de Carangola, incorporado pela Cia. Leopoldina em 1890, foi aberto entre as estações de Murundu e de Santo Antonio do Carangola (Porciúncula) entre os anos de 1878 e 1886. A Linha de Carangola foi extinta pela REFESA em 31/12/1973 no trecho entre Porciúncula e Itaperuna, e em 1/11/1977 no trecho restante. A Estação: A estação de Porto Alegre foi inaugurada em 1881, na fazenda adquirida não muito tempo antes pelo Comendador Cardoso Moreira, fazendeiro e principal acionista da E. F. Carangola, além de grande investidor em obras na região. Era então a estação terminal da linha que vinha de Campos e Murundu, e assim ficou por alguns anos até que fosse definitivamente prolongada até Porciúncula, devido a disputas de interesses entre a E. F. Leopoldina e esta ferrovia no trecho próximo a Carangola. Como é sabido, o trecho entre Murundu e Campos da E. F. Carangola mais tarde tornou-se parte da linha do litoral, sendo denominado de Linha do Carangola o trecho entre Murundu e Porciúncula. até finalmente serem terminadas, alcançando Porciúncula, na linha de Manhuaçu. A ferrovia foi vendida em 1890 para a E. F. Barão de Araruama, que poucos meses depois a repassou para a Leopoldina, embora essa venda apareça como tendo ocorrido em 1888, segundo alguns autores. Tanto a estação quanto a cidade que se formou à sua volta, em 1889 passaram a se chamar Itaperuna, depois de um curto período com o nome de São José do Avaí. Trens de passageiros foram desativados em 1/11/1977, quando a estação foi fechada. Nessa época, o trem saía diariamente de Murundu às 8:25 da manhã e chegava em Itaperuna, então estação terminal desde 1973, quando foi suspenso o trecho entre ela e Porciúncula, às 12:08. Às 14h00min, o trem partia de volta para Murundu, onde se encontrava com o trem que ia para Niterói. A estação já foi infelizmente demolida, segundo Flávio Lemos, de Itaperuna (10/2004). http://www.ferias.tur.br/informacoes/6950/itaperuna-rj.html Antes da chegada dos primeiros colonizadores de origem europeia, a região era habitada por índios puris. A partir do século XVI, a região foi ocupada por bandeirantes e aventureiros que demandavam a baixada pelos afluentes da margem esquerda do Rio Paraíba do Sul. A atividade econômica predominante, a partir de então, foi a criação de gado, que se desenvolveu em fazendas de grandes extensões. Por volta de 1830, entretanto, instalou-se, na área, o desbravador José de Lannes Dantas Brandão, com iniciativas que passaram a atrair população para o núcleo pioneiro do futuro município. Lanes chegou à região após sua deserção da milícia do exército. Em 1834, se estabeleceu num lugar que foi denominado Porto Alegre. Pelos serviços de colonização, foi perdoado pelo governo, vindo a ser morto, no entanto, por seus escravos em 1852. A partir do final do século XIX, com o advento da economia cafeeira, a colonização se efetuou de forma rápida e uniforme. Em 24 de novembro de 1885, o Decreto 2 810 elevou a Freguesia de Nossa Senhora da Natividade de Carangola (um dos primeiros nomes da cidade) à categoria de Vila de Itaperuna, levando esse nome por ser passagem para se chegar à Pedra do Elefante, localizada em Carangola, no estado de Minas Gerais. Em 1887, foi criada a freguesia de São José do Avaí, nome em homenagem às armas brasileiras na Guerra do Paraguai. Foram doados quinze alqueires de terra para patrimônio dessa vila pelo senhor Jaime Porto. A povoação foi elevada à categoria de vila em 1887, com a denominação de São José do Avaí, favorecida pela posição geográfica de fácil acessibilidade a Campos dos Goitacases, reforçada posteriormente pela ligação ferroviária. A cidade teve o núcleo inicial em torno da linha da estrada de ferro, à margem esquerda do Rio Muriaé. Hoje, ambos os lados do rio estão ocupados pela malha urbana. A área experimentou crescimento regional, concomitante à ampliação de sua importância administrativa e, em 1889, foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Itaperuna. Em 10 de maio de 1889, foi feita a primeira eleição para a câmara dos vereadores, sendo a vitória dos republicanos, que tomaram posse no dia 4 de julho do mesmo ano, sendo, portanto, a primeira câmara republicana do país, em pleno regime monárquico, regime esse que viria a ser desbancado pelo marechal Deodoro da Fonseca em 15 de novembro desse mesmo ano. Em 6 de dezembro de 1889, foi a vila de São José do Avaí transformada em município de Itaperuna, sendo criada sua respectiva comarca. O desenvolvimento da economia cafeeira na área foi responsável pela concentração de atividades comerciais e de serviços na cidade de Itaperuna, que passou a desempenhar funções de centro sub-regional do nordeste fluminense. A cultura cafeeira foi um grande destaque na economia da cidade por mais de quatro décadas, tornando-a, em 1927, a maior produtora nacional. O declínio da atividade cafeeira fez com que a região passasse a sofrer fortes efeitos regressivos. A pecuária de corte desenvolveu-se, então, voltada para o abastecimento dos grandes matadouros e frigoríficos, desenvolvendo-se, posteriormente, a produção leiteira, estimulada pela presença da fábrica de leite em pó Glória na sede municipal. A área municipal, atualmente, não abrange a mesma base territorial da época da criação, que se estendia aos atuais municípios de Laje do Muriaé, Natividade e Porciúncula, porém sua importância permanece na região. Do território original do município de Itaperuna, foram desmembrados os seguintes municípios: Bom Jesus do Itabapoana em 1938, Natividade e Porciúncula em 1947 e Laje do Muriaé em 1962, ficando Itaperuna com seu atual contorno. http://pt.wikipedia.org/wiki/Itaperuna